Controle Biológico de Lagartas com Baculovírus: A Revolução Verde no Combate às Pragas Agrícolas no Brasil
O uso de baculovírus no controle biológico de pragas agrícolas tem ganhado cada vez mais destaque como uma alternativa sustentável aos pesticidas químicos. O baculovírus, que ataca apenas insetos específicos, realizando o controle Biológico de Lagartas principalmente, é altamente eficaz no combate a pragas, reduzindo o impacto ambiental e preservando a saúde dos ecossistemas.
No Brasil, diversos programas têm demonstrado o sucesso do uso de baculovírus, graças ao trabalho de pesquisa e inovação realizado por instituições como a Embrapa.
O Que São Baculovírus e Por Que São Importantes no Controle Biológico de Lagartas?
Baculovírus são vírus que infectam insetos, especialmente aqueles que causam danos significativos às plantações. Ao serem aplicados nas lavouras, eles atacam e matam as pragas sem afetar outros organismos, como animais, plantas ou seres humanos.
Essa especificidade faz dos baculovírus uma ferramenta poderosa no controle biológico, integrando-se perfeitamente em programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP), que combinam métodos químicos e biológicos para otimizar a proteção das culturas e reduzir o uso de pesticidas.
Principais Programas de Controle Biológico de Lagartas
Lagarta-da-Soja (AgMNPV):
A lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis) é uma das pragas mais devastadoras da soja no Brasil. Nos anos 1990, o uso do baculovírus AgMNPV no combate a essa praga foi um marco no controle biológico, cobrindo quase 2 milhões de hectares.

Esse programa, que teve apoio de pesquisadores da Embrapa, mostrou como a biotecnologia pode ser uma aliada poderosa na agricultura. Apesar do declínio recente no uso desse vírus devido a mudanças nas práticas agrícolas, o AgMNPV continua sendo um exemplo de sucesso e de como a pesquisa pode gerar soluções eficazes e sustentáveis.
Lagarta-do-Cartucho-do-Milho (SfMNPV):
A lagarta-do-cartucho-do-milho (Spodoptera frugiperda) é outra praga importante, atacando principalmente o milho. A Embrapa começou a pesquisar o uso do baculovírus SfMNPV nos anos 1980, e desde então, 22 isolados desse vírus foram coletados e estudados em diversas regiões do Brasil.

Um dos isolados mais eficientes, o SfMNPV-19, resultou na criação de produtos comerciais como Cartuchovit e Vircontrol, que estão disponíveis no mercado para ajudar os agricultores a combater essa praga de forma eficaz e ecológica.
Lagarta-Mandarová-da-Mandioca (ErelGV):
No Sul do Brasil, o controle da lagarta-mandarová-da-mandioca (Erinnyis ello) com o vírus ErelGV é um exemplo de como o controle biológico pode ser aplicado em cultivos específicos. Este programa foi implementado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), mostrando como o uso de vírus pode ser adaptado a diferentes culturas e regiões.

Apesar de não ter se expandido tanto quanto outros programas, ele demonstra o potencial dos baculovírus no controle de pragas em diferentes contextos agrícolas.
Lagarta-do-Álamo (CoveNPV):
A lagarta-do-álamo (Condylorrhiza vestigialis) ataca plantações de álamo, uma árvore importante na indústria de palitos de fósforo. No Sul do Brasil, o baculovírus CoveNPV tem sido usado com sucesso para controlar essa praga, evitando a desfolha das árvores e garantindo a produtividade das plantações.

O produto comercial Baculovirus Álamo é um exemplo de como a biotecnologia pode ser aplicada de forma específica para proteger culturas de valor econômico.
Lagarta-Falsa-Medideira (ChinNPV):
A lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens) é uma praga que ataca várias culturas, incluindo o milho. A Embrapa testou mais de 40 isolados de baculovírus para combater essa praga, e recentemente, um inseticida biológico foi registrado pela AgBiTech Brasil para ajudar no controle dessa lagarta.

Esse exemplo mostra o progresso contínuo na pesquisa e desenvolvimento de soluções biológicas para o controle de pragas.
Lagarta-do-Algodão (HearNPV):
A lagarta-do-algodão (Helicoverpa armigera) foi identificada no Brasil apenas em 2012, mas rapidamente se tornou uma praga de grande preocupação.

A pesquisa com baculovírus para o controle dessa lagarta resultou no desenvolvimento de bioinseticidas que estão sendo testados e utilizados no campo. Essa resposta rápida e eficaz mostra o valor das pesquisas contínuas e da capacidade de adaptação das soluções biológicas.
Desafios e Futuro do Controle Biológico com Baculovírus
Embora os programas de controle biológico com baculovírus tenham mostrado grande sucesso, ainda existem desafios a serem superados. A implementação em larga escala, a adaptação a diferentes culturas e a aceitação por parte dos agricultores são algumas das questões que precisam ser abordadas.
No entanto, com o apoio de instituições como a Embrapa e a contínua inovação tecnológica, o futuro do controle biológico no Brasil parece promissor.
Conclusão
O controle biológico com baculovírus representa uma revolução verde na agricultura brasileira, oferecendo uma alternativa sustentável e eficaz aos pesticidas químicos. Ao reduzir o impacto ambiental e promover a saúde dos ecossistemas, esses programas não só protegem as culturas, mas também garantem a produtividade a longo prazo.
Acompanhar as pesquisas e inovações da Embrapa é essencial para entender como essas soluções podem continuar a transformar a agricultura no Brasil.
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Fonte:
As informações apresentadas neste post foram baseadas em pesquisas e dados fornecidos pela Embrapa, uma das principais instituições de pesquisa agrícola do Brasil. Sobre Controle Biológico de Lagartas.